1 de dezembro de 2009

1739.


"sentei-me, esperei por ti. nunca mais chegavas. vi as pessoas a correrem para fugirem da chuva, vi as suas expressões perante o sol que aquecia o final da tarde, vi os risos de uma grande noite. vi namoros começarem, namoros terminarem, vi corações partidos e sonhos perdidos, vi vidas cairem por terra. vi também grandes sonhos realizarem-se,grandes sorrisos se esboçarem, mas no fundo eu só estava ali à tua espera, mas tu nunca mais vinhas.
pensei tantas vezes que me tinhas abandonado, tantas que lhes perdi a conta. o sol era o meu apoio, secava-me as lágrimas e aquecia-me. era das poucas coisas que sabia que nunca iria perder: o prazer de sentir o sol bater-me no rosto. adormeci. quando abri os olhos senti uma mão passar-me de leve na cara, precebi que alguém me envolvera nos seus braços, senti-me como já não me sentia há muito tempo: segura. agarrei na grande mão que estava pousada sobre as maçãs do meu rosto e ouvi uma voz meiga sussurar umas palavras que não consegui preceber e terminou "eu nunca te iria deixar. eu amo-te.", abri os olhos, ergui a cabeça e vi-te, afinal sempre voltaste (...)
eu amo-te como ninguém te amou,
1739"

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