17 de fevereiro de 2010

whatever

hoje reparei que não tenho uma melhor-amiga nem um melhor-amigo, às vezes parece mau mas no final de tudo acho que não, acho que acabamos por nos habituar. ou melhor, acho que no fundo é o melhor. chamar-mos melhor-amigo, ou melhor-amiga às vezes é por peso a mais nos ombros de alguém, peso que essa pessoa não iria conseguir suportar e no final o que é que acontece? acabamos desiludidos e (na nossa cabeça) desamparados porque achamos que dependemos de alguém. nós podemos ter amigos próximos, não precisamos de atribuir nomes, não precisamos de criar expectativas controversas. hoje reparei que também mudei, hoje sinto que cresci, hoje sinto-me mais forte, é verdade que todos nós precisamos de alguém por vezes, mas é preciso chamar "namorado" ou "melhor-amiga"? o que sentimos muda por causa do "nome" que (de certo modo) atribuímos? não sei se isto faz algum sentido, mas sei que me sinto feliz por saber que para além de poder contar com os outros posso contar comigo mesma. tranquilizo-me a mim mesma e sinto-me bem por isso, por não ser mais uma alma com um mundo perfeito e sem uma relação consigo própria. eu no fundo até gosto deste mundo imperfeito que me dá obstáculos para me tornar mais forte, e para me dar um poder maior sobre mim mesma.
(tou toda cegaaaaa!)