30 de julho de 2009

sociedade.













(...) se a vida fosse como a idealizas seriamos todos meros servos de uma sociedade padrão que, passem 10 ou 100 anos não muda, porque seriamos todos iguais, portadores de pensamentos bondosos num mundo pacífico e cheio de benesses. não digo que é bom uma sociedade consumista e materialista, mas uma sociedade feita de opiniões diferentes, ideias diferentes, pessoas diferentes, é algo que terá de prevalecer sempre, e desafios, problemas, confusões, defeitos, tudo isso terá que existir para tornar tudo tão ‘único’, para tornar tudo mais interessante. (...) o que somos forma-se pelas nossas atitudes, pelas nossas expriências (...) e o que seria se fossemos todos ‘melhores’? como iríamos manter uma amizade se pensaríamos o mesmo e não teríamos o que ‘discutir’? o que seria das experiências se o mundo fosse perfeito? nós seriamos perfeitos também, saberíamos tudo. o que iríamos viver? o que iríamos aprender? tu achas que não consegues mudar, mas com o passar do tempo, todos acabamos por mudar, todos acabamos por evoluir, por crescer. não basta desejarmos que a nossa vida seja melhor, temos que lutar por isso. e tu, aí, erras. tornaste-te espectador da tua própria vida, deixas que ela te controle em vez de a viveres (...)

8 de julho de 2009

caixa de recordações.

ontem abri a caixa de recordações que tinha com tudo o que era teu, tinha-a guardada desde o dia em que partiste. arrumei tudo o que te pertencia, quase tudo o que me trazia recordações tuas, não foi fácil admito. quando vi todas as nossas memórias metidas numa caixa senti-me como se estivesse a guardar uma parte de mim, a melhor parte de mim, mas tinha que o fazer. nunca mais ouvi as músicas que tinham acompanhado as nossas noites e os nossos dias (a nossa história), tal como decidi nunca mais pegar na caixa para que ela caísse em esquecimento, talvez fosse por ter medo de não te conseguir esquecer. e assim o fiz, nunca mais toquei nela, até ontem. não me perguntes porque a abri, logo agora, mas quando a arrumei senti que tinha desistido de ti, que te tinha arrumado no fundo de um armário e que nunca mais iria fazer nada por ti, por nós (pela nossa amizade).

eu não tinha desistido de ti (eu não vou desistir de ti), tinha apenas adiado o dia em que a nossa história ia continuar.


“e depois de abrir vi que ninguém me conhece como tu. tu fazes-me tanta falta!”

março 08.

(...) não os vou deixar, tal como fiz contigo, tal como nunca te deixei, tal como ainda te tenho em mim, todos os dias. mas tu, tu és diferente, tu tinhas não sei se uma força, se uma alegria incrivel em ti, acho que eram ambas. e essa tua, sempre diferente, maneira de ser, eu nunca me esqueci dele, lembro-me bem de cada gesto teu, de cada palavra tua como se estivesses aqui comigo. sabes eu nunca me esqueci de ti, és a parte mais importante em mim, e não é dificil lembrar-te, aliás era impensável para as minhas recordações e memórias não o fazer. esse teu jeito de ser não me deixa esquecer-te. vêm-me à memória o teu riso. (ò como eu gostava dele!) lembro-me dele como se ainda te ouvisse rir todos os dias. vêm-me também à memória o quão segura me fazias sentir. e no meio de tantas recordações tuas vêm uma enorme saudade, saudade que não me deixa desprender de ti, saudade que me faz querer abraçar-te uma última vez. (seria um belo abraço!) cada instante contigo era bom.
nem tempo tive para me despedir de ti. como a vida consegue mudar sem nos aperceber-mos.


não há ninguém que me conheça como tu: capaz de descrever cada pensamento meu!