3 de agosto de 2010

reviravoltas


por vezes não tenho bem noção das voltas que a vida dá. gostava de parar por breves instantes só para poder compreender a loucura destas reviravoltas e saltar logo para o final, para certificar-me que vou fazer as escolhas certas mas a verdade que ia acabar por tirar a intensidade aos momentos porque não há escolhas certas, cada escolha é uma escolha, com consequências, com reviravoltas e finais inesperados. e são estas loucuras que me dão tanto gosto viver, que me dão tanto prazer por não saber com tudo vai acabar. muita gente vive para as escolhas acertadas para atingir uma felicidade inexistente (a meu ver). eu gosto de fazer as minhas escolhas, "certas" ou "erradas", e disso não abdico. Liberdade!
«Eternamente no fundo é o nosso estado natural» - mind da gap

12 de abril de 2010

enfim, caguei.

ao longo do tempo vamos tendo decepções, escolhas que nos magoam, faz parte e nós sabemos que vamos tê-las, é tudo tão bonito na teoria mas a verdade é que nunca estamos preparados devidamente para encarar, seguir em frente e esquecer. nunca estamos suficientemente preparados para não nos deixarmos envolver, para não nos sentirmos magoados,  para simplesmente sorrir para a situação e pensar "é só mais uma", umas vezes tá ao nosso alcance mudar as coisas, outras simplesmente não existe sequer a oportunidade, são situações que nos escapam. nunca é assim tão mau, toda a gente sabe, mas quando não sabemos como lidar, quando contraria todas as nossas certezas ficamos confusos, à toa... mas bem é só um dia, um dia em que temos que erguer a cabeça e decidir o que realmente queremos, e não ficarmos simplesmente sentados à espera.

17 de fevereiro de 2010

whatever

hoje reparei que não tenho uma melhor-amiga nem um melhor-amigo, às vezes parece mau mas no final de tudo acho que não, acho que acabamos por nos habituar. ou melhor, acho que no fundo é o melhor. chamar-mos melhor-amigo, ou melhor-amiga às vezes é por peso a mais nos ombros de alguém, peso que essa pessoa não iria conseguir suportar e no final o que é que acontece? acabamos desiludidos e (na nossa cabeça) desamparados porque achamos que dependemos de alguém. nós podemos ter amigos próximos, não precisamos de atribuir nomes, não precisamos de criar expectativas controversas. hoje reparei que também mudei, hoje sinto que cresci, hoje sinto-me mais forte, é verdade que todos nós precisamos de alguém por vezes, mas é preciso chamar "namorado" ou "melhor-amiga"? o que sentimos muda por causa do "nome" que (de certo modo) atribuímos? não sei se isto faz algum sentido, mas sei que me sinto feliz por saber que para além de poder contar com os outros posso contar comigo mesma. tranquilizo-me a mim mesma e sinto-me bem por isso, por não ser mais uma alma com um mundo perfeito e sem uma relação consigo própria. eu no fundo até gosto deste mundo imperfeito que me dá obstáculos para me tornar mais forte, e para me dar um poder maior sobre mim mesma.
(tou toda cegaaaaa!)